O estudo da Ernst & Young às PPP rodoviárias, exigido pela ‘troika’, defende que há “oportunidades de se reduzir o custo” nas renegociações dos contratos.
As rendas dos accionistas das concessões rodoviárias chegam ao máximo de 25,11%, revela o estudo elaborado pela Ernst & Young sobre 36 concessões e Parcerias Público-Privadas (PPP), a que o Diário Económico teve acesso. Esta análise foi elaborada a pedido do Estado e por imposição da ‘troika'.
De acordo com esta análise, o rendimento accionista mais elevado está contratualizado na concessão do Baixo Alentejo, entre um conjunto de 15 concessões rodoviárias (sete ex-SCUT, sete concessões da última geração e o Túnel do Marão).
A concessão do Baixo Alentejo é controlada pela Edifer - integrada no Vallis, o fundo de recuperação de construtoras - e pelo grupo espanhol ACS, de Florentino Pérez. Até agora, a Estradas de Portugal (EP) ainda não chegou a acordo com esta concessionária para efectuar cortes no investimento. Na prática, esta concessionária ainda não está a funcionar no terreno. De qualquer forma, estas negociações da EP não incidem ainda sobre as taxas de rentabilidade accionista, mas apenas sobre os investimentos em construção e em operação e manutenção.
Face a estas taxas de rentabilidade para os accionistas destas concessões, a consultora entende que existe "potencialmente maior probabilidade de se revelarem oportunidades de se reduzir o custo do projecto num cenário de eventual renegociação".
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